​Que mais Fridas despertem se tornando musas de suas próprias obras!

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Meu corpo não será mutilado, fetichizado e desumanizado pela visão imperialista-colonialista masculina. 

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Meu corpo não será usado em montagens de associação com objetos de compra.

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Meu corpo não será desmembrado e reduzido em apenas seios, bunda e vagina. 

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Meu corpo não será usado a serviço do desejo masculino.

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Meu rosto não irá expressar a fragilidade da inocência à espera de ser destroçada. Já conheço a maldade dos homens.​

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Tentam limitar minha multiplicidade com definições que refletem a eles mesmos e não a minha essência.

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Que o corpo da mulher, seja da mulher!

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Minha nudez é Natureza.

 

Minha sensualidade está à mercê da minha auto expressão .​​

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Minha narrativa, nenhum homem poderá contar, porque homens não sabem o que é vir para este mundo mulher.

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Um dos meus doze trabalhos

É clamar meu corpo

E fazer da minha existência uma grande obra das Nove.

Sou a Fúria de todas as Musas!
Se lembre bem, mortal:
Para inspirar é preciso ser.

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                                                                                                                                                                                            A L A N N A, outubro de 2017, Brasília​